segunda-feira, 17 de agosto de 2009

No escurinho do cinema

Todo domingo de noite eu fico com aquele sentimento deprê de que o fim de semana chegou ao fim. É o fim da festa, o fim da feira! Talvez seja a musiquinha do Fantástico ou o futebol, mas sempre achei o domingo melancólico. Só que ontem meu domingo foi diferente. Terminei a noite feliz no cinema, vendo um filme que deveria ter me deixado triste, mas não deixou.

À Deriva me deixou feliz porque não é mais um filme brasileiro falando de pobreza ou com a cara da TV Globo. Me deixou feliz porque a fotografia é poesia pura, cheia de luzes e intenções. A câmera tinha sensação e ritmo. Parece frescura falar em sensação, mas eu senti o sal da praia, o flutuar na água, o sentimento de nostalgia, o pôr do sol... Dá pra ver que as tomadas foram pensadas uma a uma. E o figurino coloridinho do Herchcovitch dava gosto de ver. Que filme bem feito!

A história mistura ingenuidade e cinismo, sonhos e frustrações, amor e mágoa, risos e lágrimas, o eu e o outro, bem como as coisas acontecem mesmo. Adorei o gostinho bitter sweet que ficou na boca porque me passou autenticidade. O diretor é o Heitor Dhalia, mesmo cara do Cheiro do Ralo, que tb bateu um bolão. A menina foi achada no Orkut e é a cara da Fernanda Lima. Linda, linda. O elenco, diga-se de passagem, foi muito bem escolhido. Terminei meu domingo pensando com quantos acertos se faz um filme bom. E dormi feliz!

Por maritab

Um comentário:

Fernanda Neder Martinez disse...

o filme é lindo e não é previsível! que venham mais filmes brasileiros assim. (eu achei bem melhor que o cheiro do ralo) beijos!